tag:blogger.com,1999:blog-25168114552013422852024-03-13T09:35:38.822-07:00Sandra AndradeSandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.comBlogger15125tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-49862647049364747422009-12-19T15:11:00.000-08:002009-12-19T16:38:24.659-08:00REGULAMENTAÇÃO MOTOTAXISTAS - SALVADOR<span style="color:#3366ff;"><strong><span style="font-size:85%;">Essa matéria foi feita para avaliação da disciplina de Telejornalismo e Edição de Telejornalismo. Infelizmente, a faculdade não dá o suporte que almejamos para a execução da parte técnica, sendo assim eu e Hilton, meu companheiro nessa jornada, editamos o material gravado em casa, bem como a gravação dos offs. Mas, no fim, acho que vale a pena ser adicionado.</span></strong><br /><strong><span style="font-size:85%;"></span></strong><br /><span style="font-size:85%;"><strong>Segue vídeo</strong>..</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Regulamentação Mototáxi</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Edição de imagens: Hilton Souza</span><br /><span style="font-size:85%;">Réporter: Sandra Andrade</span></span><br /><br /><br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxmpoDbuWXyZBeUjRWc5Il_mTTYTNI-g9Uvxa1Fev8KG2fhCZPwJkBaJqBvjQKS3QoS4qguHSTxuWD_r91Z3Q' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-74335553327061701302009-05-15T19:17:00.000-07:002009-05-15T19:22:52.729-07:00A informatização para deficientes visuais<span style="color:#6633ff;">Sandra Andrade 11-05-2009<br /><br /></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQis_bMvTja0CXhXzIw2rH6dru0FMwde9cfHJDhdFIuir-P3SZCAfEms5GMsypOuts8ixNKYgdIp8FeiuMs87UcIZ8xn2IQlahwN-XJM0PODLdnuoL1SNxlZTZaluTTbKEvKQsEhprNZk/s1600-h/sandrade.jpg"><span style="color:#6633ff;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5336240564589749122" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 160px; CURSOR: hand; HEIGHT: 120px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQis_bMvTja0CXhXzIw2rH6dru0FMwde9cfHJDhdFIuir-P3SZCAfEms5GMsypOuts8ixNKYgdIp8FeiuMs87UcIZ8xn2IQlahwN-XJM0PODLdnuoL1SNxlZTZaluTTbKEvKQsEhprNZk/s320/sandrade.jpg" border="0" /></span></a><span style="color:#6633ff;"><br /></span><div align="justify"><span style="color:#6633ff;">A rotina de Jeferson Teles durante a semana é a mesma. Faculdade, pausa para estudos e o compromisso na Associação Baiana de Cegos. Deficiente visual desde os 19 anos, ele faz parte da mínima parcela que transpôs as barreiras impostas pela cegueira através da tecnologia. Utilizando softwares de voz, Jeferson faz uso do computador e dedica suas as horas vagas para acessar a internet.<br /><br />Pode parecer confuso, mas é muito simples. Os sistemas que ele utiliza para ter sua independência são o </span><a href="http://teteraconsultoria.com.br/blog/jaws-software-para-converter-texto-em-audio/"><span style="color:#6633ff;">JAWS</span></a><span style="color:#6633ff;"> e o </span><a href="http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/"><span style="color:#6633ff;">DOSVOX</span></a><span style="color:#6633ff;">. São softwares que fazem a leitura do que é disponibilizado na tela do computador e através de teclas de atalho é possível escolher o que se deseja fazer na máquina. Por isso não se assuste quando receber um convite de um amigo deficiente visual para entrar na sua rede de relacionamentos na web.<br /><br />O uso de programas como esses possibilitam a inclusão dos cegos no mundo digital e os colocam em grau de competitividade com os demais no mercado de trabalho. Tárcis Bruno ainda é estudante, mas já compete com seus colegas de turma. Cursando o Ensino Médio com técnico em informática, usa o notebook fornecido pela escola na sala de aula.<br /><br />Tárcis conta que antigamente era impossível acompanhar as aulas fazendo o uso da máquina de braile, mas com o notebook ele segue o ritmo da turma e, na maioria das vezes, digita mais rápido que os colegas pela prática com o computador, que tem desde os 12 anos.<br /><br />Jeferson é professor de informática na Associação de Cegos , onde todos os associados têm noções de computação. Sua última turma foi de 22 alunos e o curso, com duração de seis meses tem trabalho individualizado, pois o nível dos alunos varia bastante. Segundo ele, os estudantes chegam motivados com a perspectiva de poder conversar pelo Messenger ou ter um perfil no Orkut. Para Teles é mais fácil convencer um deficiente visual a fazer um curso de informática a ir pra sala de aula.<br /><br /><strong>Independência e privacidade<br /></strong><br />Retratos como esse são raros. A sociedade ainda está condicionada a imagem do deficiente visual que precisa de proteção ou que canta nas esquinas para ter umas esmolas no fim do dia. Durante muito tempo essa foi a realidade. Nas décadas de 60 a 80, a vida cultural de um cego resumia-se a visita de voluntários que se disponibilizavam a ler livros e revistas para passar o tempo dos deficientes em casas de repouso.<br /><br />A dependência de alguém que lesse suas mensagens no celular foi o fator decisivo que levou Valnei Ferreira a comprar um aparelho caro, mas que possui compatibilidade com o programa </span><a href="http://oglobo.globo.com/blogs/razaosocial/post.asp?t=celular-para-deficientes-visuais&cod_Post=93547&a=297"><span style="color:#6633ff;">Talks</span></a><span style="color:#6633ff;">, também leitor de voz. Ele brinca ao dizer que assim pode escolher atender ou não as chamadas no celular, visto que antes não tinham como saber quem estava ligando.<br /><br /><strong>Investimento alto</strong><br /><br />No entanto, estar conectado e informado tem um custo alto para um deficiente que ganha em média um salário mínimo. Ter um notebook ou um computador é um investimento alto, mas necessário. Além disso, devem estar adaptados aos softwares.<br /><br />O DOSVOX é o software mais utilizado no Brasil, é livre e foi projetado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Cada usuário possui acesso ao código fonte e pode adaptá-lo às suas necessidades, como fez Tárcis adicionando pacotes de dicionário no seu programa. Aqueles que não possuem tanta afinidade com a máquina podem mandar suas sugestões para os programadores da Universidade e depois que são discutidas na comunidade, se aprovadas, são adicionadas ao programa.<br /><br />Para os níveis mais avançados, o uso do JAWS é mais comum. Com ele é possível utilizar o Messenger e o Orkut. Mas a licença custa em média U$ 2 mil. Por esse motivo, Jeferson Teles ressalta que o mais importante é a baixa de preço dos produtos de tecnologia. Uma impressora braile custa, em média, R$ 28 mil, valor inacessível para uma turma que ainda está dando os primeiros passos com o uso das tecnologias.</span></div>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-87395237097737671912008-12-17T11:25:00.001-08:002008-12-17T12:22:43.457-08:00A gloriosa arte de esperar<span style="font-size:85%;color:#ff9900;"></span><div align="justify"><br /><span style="color:#6666cc;">É sem dúvida, um castigo utilizar o transporte público na capital baiana. Faz lembrar todos os pecados cometidos, enquanto aguarda um coletivo. Os congestionamentos te obrigam a sair de casa mais cedo para tentar cumprir os horários dos compromissos, se isso for possível. A preferência é não ter que explicar ao chefe, mais uma vez o motivo do atraso no trabalho.<br /><br />O tormento da espera foi desfeito por uma grande parcela que aderiu a moda dos financiamentos sem consultas e tudo mais. Com a bondosa ajuda do governo federal você pode parcelar o seu veículo em 60 meses e começar um pesadelo muito pior do que espremer-se até o trabalho desafiando as leis da física.<br />A piada pronta é o endividamento desenfreado. Os bancos emprestam muito dinheiro a juros altíssimos e as cidades sofrem, pois têm que arcar com os transtornos gerados pelo crescimento exagerado da frota nas ruas. Mas isso não vem ao caso, porque quem se irrita no transporte público, quer mesmo é ser independente.</span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#6666cc;">Aos que conseguiram concretizar esse sonho, falta à paciência de esperar, mesmo no seu devido conforto. Incomodam as buzinadas dos colegas engarrafados, os motociclistas apressados, a faixa de pedestre, os semáforos e o calor. O diagnóstico está na ponta da língua do seu médico, stress.<br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#6666cc;">Para evitar problemas sérios de saúde no futuro, aí vão alguns conselhos. Não reclame com a SET (Superintendência de Engenharia de Transito), nem o Prefeito, Governador, Presidente ou o Papa. Eles também devem passar por isso ou estão em algum lugar do céu, observando o caos nos seus helicópteros. A verdadeira previsão destaca, se nada de concreto for feito, o rodízio chegará a Salvador nos próximos dez anos.<br /><br />O que você fará com seu carro, impossível de responder. Até lá quem sabe já tenha voltado à moda de utilizar os meios de transportes medievais para se locomover em grandes distâncias. Ou poderá também exercitar-se e deixar o seu médico feliz andando pela cidade de bicicleta.</span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#6666cc;">Você realmente acredita que seu pesadelo acabará com o metrô e o novo Complexo 2 de Julho em fase de construções, esqueça! Nada será resolvido instantaneamente. Afinal de contas, esse tal de PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano) merece um novo plano de reestruturação com uma gota de carinho e compreensão dos responsáveis. </span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#6666cc;">Realmente parece difícil uma mobilização. Afinal não se sabe qual o plano da prefeitura para diminuir o pesar de sair às ruas. Em contrapartida, os atuais representantes não parecem muito preocupados com a questão. As propostas dos candidatos a prefeito da cidade não pareceram maduras, viáveis, muito menos possíveis de acerto. </span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#6666cc;">A diferença entre uma proposta vazia a uma viável está justamente no planejamento que resulta num transporte de massa eficiente. Isso não se consegue no “eu prometo”. Mas, com levantamento de base, projeções e simulações de cenários. A questão é que demandará muito mais de quatro anos. Não está na política de marketing adotada por nossos governantes.</span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#6666cc;">É melhor apresentar ao povo um metrô que não resolverá os seus problemas, a trabalhar sério, mesmo que essa obra seja inaugurada pela administração seguinte. Ainda há muito para observar. Está na malemolência do brasileiro adaptar-se aos momentos de crise. </span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#6666cc;">Dez ou vinte minutos a mais no trânsito podem significar somente um teste de paciência. Mas, podem fazer pensar mais a respeito caso você perca aquele negócio, uma entrevista de emprego ou aquela consulta médica aguardada há mais de um mês. É uma perda constante, de tempo, dinheiro, paciência e acredite muita saúde.</span></div>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-37606798538895954622008-12-17T10:46:00.000-08:002008-12-17T12:28:12.998-08:00Hilton Coelho alfineta João Henrique e Walter Pinheiro<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguwkunwPGjK-oZj7l69w_IcMd9ZC4iZyPVJmO_XlLP4LC94q3spgRznftrl8V_UIMkSJ1NtEShQUJQ3aLThkGr9CYDESaAJQUz6nR8CME6JhHwJkubRBgW5Yxo0i7u8x-MtRZryyY0pPQ/s1600-h/100_7382.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5280858370495674306" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguwkunwPGjK-oZj7l69w_IcMd9ZC4iZyPVJmO_XlLP4LC94q3spgRznftrl8V_UIMkSJ1NtEShQUJQ3aLThkGr9CYDESaAJQUz6nR8CME6JhHwJkubRBgW5Yxo0i7u8x-MtRZryyY0pPQ/s320/100_7382.JPG" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#6666cc;">Nada de radical ou extremista. O jeito calmo de Hilton Coelho, ex-candidato derrotado a Prefeitura de Salvador, surpreende quem se acostumou a associá-lo ao jingle “Na capital da Resistência”. Militante do Partido Socialista Liberal, ele chegou com um sorriso no rosto e muito à vontade para conversar com os alunos do 5º semestre de jornalismo do Centro Universitário da Bahia.<br /><br />Com perfil de político apaixonado, ele foi um estudante incomodado com o cenário político do país e um das caras pintadas que lutaram pela saída do presidente Collor de Mello. Nessa época era estudante do Cefet, antiga Escola Técnica, local em que começou a sua vida política.<br /><br />Hilton falou da importância do partido na sua carreira, bem como os motivos que o fizeram sair: “ Para mim, passar 18 anos lá e depois perceber que não era mais uma alternativa, foi um processo muito doloroso. Saímos, porque esperávamos que o governo Lula fosse a inversão do governo Collor e ele não foi.”<br /><br />Ao falar da aceitação do governo Lula, ele foi categórico, o presidente é fortemente apoiado pela mídia e mostrou sua descrença no meio: “Eu vou falar isso abertamente para vocês. Não confiem em nenhum espaço da grande mídia hoje”<br /><br />Contextualizando as suas respostas com o cenário internacional, mostra o conhecimento adquirido por ser mestre em História pela Universidade Federal da Bahia e a bagagem adquirida por 16 anos de caminhada no Partido dos Trabalhadores. Ele citou exemplos do crescimento da Índia e China e, segundo ele, o Brasil deveria afirmar um posicionamento soberano em decorrência dos potenciais ambientais, minerais e ecológicos.<br /><br />Pessimista com os atuais políticos no poder, Hilton afirmou não confiar em nenhum deles. Disse admirar alguns militantes que ainda estão no partido dos trabalhadores, mas que estes estão sufocados pela conjuntura do partido.<br /><br />O político votou em si mesmo no segundo turno. Disse que foi vergonhoso ver Walter Pinheiro perder nos debates para João Henrique, mas era crível, pois o candidato do PT não tinha política para ganhar essas eleições.<br /><br />Também não aliviou para João Henrique: “A ira de João Henrique foi porque Wagner garantiu que o PT apoiaria a sua reeleição para prefeito se ele retirasse a sua candidatura para governador. O problema da administração de João Henrique não foi a falta de verbas, e sim porque ele deixou que se aprofundasse um problema gravíssimo que se iniciou na gestão do Carlismo, que foi a iniciativa privada desviar recursos da prefeitura.”<br /><br />Para o futuro, Hilton prevê uma candidatura do Psol para deputado estadual, mas garante que isso ainda são especulações. No momento ele pretende lutar para garantir a revogação do atual PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano).</span></div>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-15693710254893766802008-08-02T09:43:00.000-07:002008-08-02T09:44:29.541-07:00INOCÊNCIA ROUBADA<div align="justify"><span style="color:#9999ff;"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Por Sandra Andrade e João Paulo Iberti<br /><br />O Pró-Menor, órgão do Juizado de Menores que recebe denúncias de crimes a Criança e ao Adolescente, está completando dez anos de atuação. O foco no momento é a exploração sexual infantil em Salvador. Os comissários e os coordenares, Almir Bulhões e Ivan Faride estão realizando visitas ao subúrbio da capital, durante a madrugada e apreendendo adolescentes e crianças vendendo seus corpos em troca de dinheiro.<br /><br />Segundo Ivan, eles retiram essas meninas das ruas, mas caem no descrédito, pois como não há nenhum projeto que as ressocializem, elas inevitavelmente retornam às ruas, pois precisam de dinheiro para prover o sustento da família. As chamadas "batidas" em motéis e hotéis são feitos durante todo o ano e plantão intensivo durante o carnaval e dia dos namorados. Para os coordenadores, a divulgação do trabalho do Pró-Menor torna as pessoas confiantes para denunciar e inibem a ação dos aliciadores e consumidores.<br /><br />O tema também é a preocupação do CEDECA, Centro de Defesa a Criança e ao Adolescente Yves de Roussan, que no último ano direcionou suas campanhas de prevenção e combate à exploração sexual. Inúmeras são as barreiras que possuem esses órgãos, seja pela falta de denúncia, dificuldade de apuração e estrutura, bem como o despreparo policial para lidar com uma clientela tão diferenciada e sensível.<br /><br />Os Conselhos tutelares, Juizados de menores, Delegacias de Proteção e Centros de Defesa trabalham em conjunto, mas sofrem a decadência da estrutura física e a pouca verba destinada a eles, que não cobre os gastos que possuem, nem possibilita novos projetos de combate e prevenção.<br /><br /> No último mês de setembro foram registradas na DERCA - Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e ao Adolescente, 15 queixas de estupros, 21 atentados ao pudor e nove queixas que englobam atos obscenos e importunação ofensiva ao pudor. No Pró-Menor foram feitas 22 denúncias de abuso sexual e 15 de prostituição infantil, números muito menores do que a realidade, acreditam os coordenadores do setor.<br /><br />A delegada titular do DERCA, Ana Paula Garcia, concorda que as denúncias ainda são poucas. E esclarece que violência sexual é um tema muito amplo e perante a lei não é considerado crime. O correto é exploração sexual e engloba inúmeros tipos de crimes que podem ser praticados, tais como: estupro, atentado violento ao pudor, corrupção de menores, posse sexual mediante fraude de criança ou adolescentes. Mesmo que a criança ou adolescente ceda até os 14 anos, é considerado atentado violento ao pudor presumido pela idade ou estupro.<br /><br />É fundamental, portanto a comprovação de sua materialidade, através de laudo pericial que determine que houve violência sexual. O que muitas vezes torna-se difícil de comprovar, pois normalmente os abusos quando são denunciados já possuem um histórico e já não há marcas de violência, visto que a criança cede para evitar a dor.<br /><br />Na sala de espera do Projeto Viver situado no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, em Salvador, crianças brincam normalmente de desenhar e colorir, enquanto aguardam o horário de suas consultas. A grande diferença das crianças de suas idades é que mesmo tão pequenas, trazem marcas profundas e buscam atendimento psicológico especializado para vítimas de violência sexual.<br /><br />M. S., onze anos, era violentada há três anos pelo seu pai, quando a mãe estava ausente. O crime e o abusador só foram descobertos após a gravidez da menina, muito embora os vizinhos desconfiassem por conta dos gritos que escutavam nesses momentos.<br /><br />B. A., dois anos e meio, foi estuprada e sufocada pelo seu tio. A criança sofreu hemorragia e faleceu 12 horas após a violência.<br /><br />Araceli Cabreira Sanches, oito anos de idade, foi seqüestrada, drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma família de classe média em Vitória do Espírito Santo, há 34 anos. A data de sua morte foi escolhida como Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-juvenil.<br /><br />Tais atos contra inocentes é assunto de extrema relevância na sociedade por transgredir os direitos humanos. Traz consigo questionamentos sobre os motivos que acarretam tamanha crueldade e frieza dos agressores para satisfação da sua lasciva. Especialistas da área defendem que todo abusador um dia já foi abusado. Mas não se trata de uma regra, as características mais freqüentes nos agressores são: vício ao álcool ou drogas que desencadeia a violência, desemprego, distúrbios psicológicos e dificuldades de relacionamentos.<br /><br />A questão cultural também deve ser levada em consideração. A predominância da cultura machista condicionou a submissão da mulher, também chamada de sexo frágil e a dominação do homem sobre todos através da força física. Tal comportamento gera no agressor a ilusão de que a família lhe pertence e deve satisfazer todas as suas vontades e necessidades, permitindo assim que ele trate com violência desde a mulher aos filhos, quando se trata do ambiente familiar.<br /><br /><br />A psicóloga Sandra Santos atende às vitimas que chegam ao CEDECA e afirma em muitos casos, por conta da idade, a criança não entende o abuso. Ela compreende que esses carinhos fazem parte da relação entre adultos e crianças e guarda o abuso em segredo, a pedido do próprio agressor, numa tentativa de manter o silêncio. A vítima obedece, pois confunde com obediência e respeito devida a aquele adulto que reverencia, portanto não a faria mal.<br /><br />Com o passar do tempo, surgem os questionamentos acerca do silêncio exigido e as ameaças, dirigidas à criança ou a pessoas que ela ama, como a mãe e irmãos. O abusado passa então a viver um dilema psicológico muito intenso, amando e odiando o seu agressor.<br /><br />Em 1910, Sigmund Freud na sua publicação “Sobre a Psicanálise” trouxe a tona suas teorias sobre os impulsos sexuais infantis, e escandalizou a comunidade médica européia. Ele acreditava que as crianças também possuíam desejos sexuais e esses eram direcionados aos próprios pais. A teoria freudiana afirma que a menina sente-se atraída pelo pai, do mesmo modo que o teme e rejeita. Ela pode sim, sentir desejo pelo pai e disputá-lo com a mãe, mas esse desejo é reprimido pelo tabu, as convenções sociais e permanece no objeto de fantasia da criança, pois é algo proibido.<br /><br />Se ela se concretiza, caracteriza-se o incesto, que embora seja considerado inaceitável na sociedade, foi tema das grandes tragédias gregas. Como o mito de Electra, que se apaixonou pelo seu pai e por isso matou a sua mãe; E o Mito de Édipo, que se relacionou com a sua mãe sem saber e suicidou-se ao descobrir o parentesco. <br /><br />Tais tragédias gregas denominaram na psicanálise: O Complexo de Electra, para os conflitos femininos e no âmbito masculino, O Complexo de Édipo. Esse último é muito conhecido e universalmente utilizado para a compreensão das atitudes humanas. A base do conceito é que a partir do quarto ano de vida, o menino concentra suas atenções nos seus genitais, tendendo a desejar a sua progenitora. Essa percepção de diferença de sexos gera a frustração e a disputa com a pessoa do mesmo sexo, o seu pai.<br /><br />Tais teorias se aplicam melhor nos adolescentes, por entenderem melhor sobre a sexualidade. Por muitas vezes, mães e filhas passam a disputar o amor do mesmo homem, diz a psicóloga Sandra. “Essas mulheres chegam aqui com os nervos à flor da pele, pois de uma forma instintiva e inconsciente passam a sentir ciúmes da sua própria filha. Na medida em que se sentem culpadas pela agressão que aconteceu dentro de sua casa, sofrem também com a separação do marido, que amava e confiava e sentem-se traídas”. <br /><br />A separação tende a ser complicada, pois os agressores, normalmente, são os provedores da casa, o que pode favorecer a omissão dos abusos. Mas, é feita a denúncia, acontece a desestruturação do lar. O primeiro passo é afastar a vítima do abusador, que necessariamente trará a separação dos pais ou a saída dessa criança do seio da família.<br /><br />Para a psicóloga Sandra Santos, a violência sexual deve ser tratada como um tema de grande prioridade na sociedade. Ela acredita que será necessária uma nova didática nas escolas referente à educação sexual, que permita que a criança conheça seu corpo não somente como um objeto de reprodução, mas também como parte da sua sexualidade. Bem como, políticas públicas que permitam às famílias os seus direitos à educação, saúde, emprego e moradia.<br /><br />A primeira e principal decisão é não se calar perante a violência. Esse é um desejo de todos os órgãos citados acima e bem ilustrado por Luther King, quando disse: "Temos de nos arrepender nesta geração, não tanto pelas más ações de pessoas más, mas pelo silêncio assustador de pessoas boas".<br /><br />Em 1997, havia muitos casos que não chegavam a julgamento, por falta de queixas e principalmente de interesse com o assunto. A abertura de conselhos tutelares, delegacias de proteção à criança e assistência psicológica e jurídica tornaram-se então o objetivo do CEDECA. Exemplo seguido por outros projetos da capital baiana, como O Sentinela e O Projeto Viver.<br /><br />O trabalho que hoje é feito em conjunto começa com a denúncia que é direcionada para o Pró-Menor. Os coordenadores organizam as diligências para apuração dos fatos. Nos casos de comprovação das agressões físicas e/ou abusos sexuais, a criança é abrigada num Lar de Apoio e os responsáveis levados para o DERCA, onde são prestadas as queixas e encaminhados os casos a julgamento. Na própria delegacia, recomendam-se os serviços dos Centros de Defesa para assessoria psicológica e jurídica, quando não são procurados diretamente pelas famílias.</span> </span></div>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-40713113750301164332008-08-02T07:54:00.000-07:002008-12-17T12:54:00.768-08:00Associação de baleiros suspende cadastros<span style="color:#33cc00;">Por Sandra Andrade</span><br /><span style="color:#33cc00;"></span><br /><div align="justify"><span style="color:#33cc00;">A Unibal – União dos Baleiros da Bahia suspendeu novos cadastramentos. A organização está passando por sérias dificuldades, desde que retornou às suas atividades há quatro meses, por conta de problemas financeiros adquiridos na gestão anterior.<br /><br />Situada no Bairro de Pernambués, funciona provisoriamente numa sala pequena, sem computador, bebedouro, com mesas e cadeiras velhas. A associação que reúne cerca de mil baleiros na capital baiana, não sabe ao certo o tamanho das dívidas adquiridas nos últimos meses. Mas, a nova coordenadora Bárbara Santiago, tem a missão de colocar a instituição em ordem financeira, bem como contabilizar manualmente a quantidade de associados cadastrados.<br /><br />Fundada em 17 de agosto de 2003, contou com o apoio da vereadora Tia Eron e do atual prefeito, João Henrique. Sua criação foi importante, pois permitiu que os baleiros tivessem acesso livre aos ônibus coletivos de Salvador para vender suas mercadorias. Cada associado paga uma mensalidade de R$ 5,00 e no ato da inscrição recebe um colete e um crachá de identificação, que é válido por um ano e é identificado pela cor. O atual é verde.<br /><br />A associação trouxe novas possibilidades de emprego no mercado informal, em contrapartida aumentou a oferta e criou muita concorrência. “Antigamente quem vendia era quem não tinha vergonha mesmo de entrar no ônibus e oferecer um doce, hoje todo mundo quer ser baleiro e isso dificultou um pouco”, diz Juraci dos Santos.<br /><br />Vendedor de doces há quase nove anos, ele diz que saiu às ruas por necessidade.“Era Natal, meu pai não tinha dinheiro para comprar um presente para mim, eu peguei R$ 2,00 emprestados na mão de um colega, comprei um pote de quebra-queixo. Saí de manhã quando voltei a noite, eu tinha quatro potes de quebra-queixo e R$ 10,00 no bolso. Desde esse dia não parei mais de vender”.<br /><br />O Sr. Claudenor Ferreira é um outro exemplo. Ele desistiu da profissão há cinco anos, pela dificuldade de vender ou medo de ter suas mercadorias apreendidas pela polícia. Largou sua casa e família e resolveu tentar a sorte no interior da Bahia. A criação da associação trouxe esperanças de retornar a profissão abandonada.<br /><br />Hoje cadastrado e identificado, ele está contente com a rotina que começa as 08:30 da manhã e termina as 22:00, todos os dias da semana. “Graças a Deus eu estou pagando minha mensalidade e agradeço ter acontecido isso aqui”, enfatiza Claudenor.<br /><br />Preocupada com a quantidade de profissionais e atenta para a grande oferta na cidade, Bárbara Santiago afirma: “vamos parar e contabilizar quantos cadastrados temos agora. Porque se continuarmos assim, vai chegar o momento em que teremos baleiros ganhando R$ 1,00 por dia”.<br /><br />A nova gestão diz que está recomeçando do zero e trabalham para reconstruir a estrutura perdida. Prevêem projetos de descontos na compra de mercadorias para os associados, bem como um acordo com as empresas de transportes a fim de evitar impasses entre motoristas e vendedores. Pretendem em longo prazo prestar apoio a baleiros que estejam passando por problemas de saúde, com doações de remédios e também assistência na retirada de documentos como identidade e CPF – cadastro de pessoa física.<br /><br />“Eu queria que a Unibal lutasse para a gente ter direito ao INSS, porque como autônomo e trabalhando na rua, se nos acontecer algo, não temos a quem recorrer, diz Juraci. A esperança do Sr. Claudenor é outra:” seria bom se a gente pudesse estudar “, afirma. </span></div>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-75150537168808315802007-12-27T17:22:00.000-08:002008-12-17T12:33:30.595-08:00Um pouco de mim, um pouco de Rosa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDN1Fuz8YY2NSflJM9Zn1u0lKteFKA8ruOjxd6MS6RYd8pK31DB6SuOY-6WsKW00iMeWSrayhdaZ4X3zG-SXUOa1YduDSAVmRqpWOIXS1qGKXRNYYg3taeKgpGGKcHdGMyMEBK3XYWm5U/s1600-h/Sandra+no+armonia.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5280859773128364770" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 173px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDN1Fuz8YY2NSflJM9Zn1u0lKteFKA8ruOjxd6MS6RYd8pK31DB6SuOY-6WsKW00iMeWSrayhdaZ4X3zG-SXUOa1YduDSAVmRqpWOIXS1qGKXRNYYg3taeKgpGGKcHdGMyMEBK3XYWm5U/s320/Sandra+no+armonia.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#cc66cc;">"Viver é muito perigoso", já dizia um escritor com nome de Rosa...Nasci em Salvador, seu moço, há 25 anos atrás. Minha mãe me disse que eram às nove horas de uma manhã de sol ( nunca gostei de acordar cedo mesmo) e desde então nunca deixei de fazer nada que quis. Um dia eu quis gostar de alguém, outro dia quis fazer teatro e aproveitei todos os aplausos, senti todas as emoções de ser artista.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc66cc;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc66cc;">Transcrevi minhas lágrimas para os papéis, identifiquei-me com inúmeras personagens ... E vivi rodeada dos meus grandes e inesquecíveis amigos... São eles que me acompanham e inspiram ainda hoje. Todos eles, os que não vejo mais, os que conquistem, os que defendo e cuido, aqueles que nem me conhecem bem e os que me conhecem pelo olhar...<br /><br />Ahhh, se moço, descobri que é linda a mulher que vive dentro de mim. A que se sabe bonita, segura, inteligente, lívida... A que está sempre disponível para fazer um carinho, para incentivar, a que quer estar em paz, em silêncio e que gosta dos seus momentos de solidão. Uma mulher apaixonada pela vida , e pelo seu amor também. Sempre atenta para os detalhes mais preciosos da vida, um sorriso, uma brisa, um dia de sol...<br /><br />Estar atenta sempre, seu moço. Senão a vida passa e você não vê. Sinto isso todos os dias quando acordo, trabalho e estudo e nem sinto que já é hora de dormir de novo.. E os dias passam, semanas passam, anos passam e ainda tenho sonhos que não realizem ... Me aflige que o tempo que passa. E essa inquietação que mora comigo e sempre fala mais alto.. Uma vontade de conhecer, viver, sentir e realizar.. </span></div><br /><p align="justify"><span style="color:#cc66cc;">Mas mudar é sempre perigoso, assim como viver. O medo do desconhecido, da descoberta do erro aflige, amedronta, paralisa. Nesses dias de caos nunca se sabe quanto tempo se vive, quando se termina o ciclo, a hora de fechar os olhos e ver de relance que a vida foi pouca para tanta vontade...</span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#cc66cc;">É preciso saber tudo: o que fazer, como fazer. Tem que ser correto, honesto, crente, profissional, o melhor... Tem que ter curso de inglês, MBA, ter estudado fora, saber poesia, física quântica, entender de política, economia, saber votar, escrever, falar bem, comer bem, exercitar-se, saber dançar, cantar.... Exige-se tanto de si mesmo, sempre...</span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#cc66cc;">Tudo isso cansa, seu moço. Esquece-se do mais importante e sinto que a minha busca será cada vez maior.. O que quero eu de todo esse mundão de coisas? Viver é coisa simples, como "uma casa na varanda, um quintal e um mato verde para ver o sol nascer " ou uma mansão nos condomínios de luxo, com muita grana na conta bancária e carro bonito para passear no domingo?</span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#cc66cc;">A escravidão do trabalho, a perda de todos os dias para ter um pouco mais tira a oportunidade de ser mais gentil, mais conhecedor de si mesmo, do querer... Somos livres para viver enjaulados num escritório 9, 10 horas por dia, ir para casa, sonhar com o trabalho e estar no dia seguinte bem cedo para ganhar mais...</span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#cc66cc;">Será isso felicidade, seu moço? Algumas coisas me confundem, outras nem tanto. Mas, de uma coisa eu tenho certeza, a mulher que eu conheço e que vive comigo é grande demais para escravizar a si mesma para ter e esquecer de ser. Acabaram-se as fichas e vontade de morar em Hollywood. A realidade grita e só não escuta quem já morreu.</span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#cc66cc;">"O correr da vida embrulha tudo.A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa,sossega e depois desinquieta.O que ela quer da gente é coragem." </span></p>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-40471664270357201952007-11-22T13:28:00.000-08:002008-12-17T12:34:27.226-08:00Sem olhar para a TV ( reflexões sobre ética, valores e vida privada)<span style="color:#3333ff;">Noblat, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário, 3º Edição, São Paulo. Editora Contexto, 2003. Pág. 21-31.<br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5135781273186488722" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxBimEBgMIoyexfQuPjUBIWrk1twHCM47jb4Zh2ui2KUXlCPzDFPIoGkh9VjQwsyXkgQh-ZP0vbaOam3CxSpj5LNbVGn1alUMzIt3dLSzO374mMphd8VWl_TIO0-LijaPw_oL804AbS-w/s320/jornal.jpg" border="0" /><br /><br /></span><div align="justify"><span style="color:#3333ff;">Ricardo Noblat, 58 anos, jornalista brasileiro, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, é o autor do livro: A arte de Fazer um jornal diário. O livro tem uma linguagem simples e divertida, todavia as reflexões que trazem são muito sérias. O Segundo capítulo trata de ética e valores jornalísticos. A expressão "vale tudo por uma notícia" é fortemente criticada pelo autor. Bem como, atitudes comuns no jornalismo atual, tais quais: falsificação de documentos e gravação de depoimentos sem autorização das fontes, com o argumento de noticiar algo que é de interesse público, e muitas vezes se confunde com o que interessa ao público.<br /><br />Noblat trata desses comportamentos como atitudes de quem acredita que está acima da lei, ou seja, para esses profissionais, pode-se falsificar identidades e enganar pessoas para obter um furo de reportagem. Outra questão tratada é a invasão à privacidade dos famosos. Perde-se tempo em divulgar a vida de artistas, como se o fato de saber com quem dormem, o que fazem seja realmente relevante.<br /><br />Em alguns casos, como foi citado a exposição da privacidade de Paulo Henrique, filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando saía do motel com a ex- primeira dama, Teresa Collor. Quem se recorda da divulgação das fotos de Chico Buarque e uma mulher casada, mas desconhecida, numa praia no Rio de Janeiro? Era realmente de grande relevância o caso amoroso do cantor? Tais questões são levantadas por Ricardo para dizer em suma que há algo de errado nas escolhas das pautas jornalísticas, seja pela futilidade, ou pela escolha de assuntos que interessam os grupos aos quais esses meios fazem parte.<br /><br />O fato das emissoras de televisão usarem tanto tempo com matérias repletas de belas imagens e pouco conteúdo, enquanto as notícias que realmente importam, mas não possuem imagens que possam ilustrá-las não são mostradas no tempo que deveriam. Outra observação feita diz respeito a estruturas dos jornais, cujos profissionais tem pouquíssimo tempo para apurar as notícias e menos tempo ainda para escreva-las. O escritor ainda brinca com o fato, quando diz que jornalista obtém melhores resultados quando está sob grande pressão. Mas, o que está sublinhado é que as redações vivem a espera de grandes acontecimentos para que isso ocorra. Raramente observa-se reportagens elaboradas que exigem muito trabalho e tempo para produzi-las. </span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#3333ff;">As questões retratadas acima são bem argumentadas por Noblat e importantes para o futuro profissional de comunicação social .Com muita clareza e objetividade, o texto propõe uma análise do discurso da mídia impressa e televisiva. Fatos que passam desapercebidos, atos de conduta moral, ética e quiçá, educacional são postas na balança. A famosa frase, de que jornalista não é deus, deve ser pensada e repensada. Juntamente com tantas outras tratadas por ele, que bem exemplifica a profissão e merecem atenção, palavras de quem tem experiência.</span></div>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-48285825172627716732007-11-09T11:22:00.000-08:002008-12-12T14:23:27.251-08:00BUENOS AIRES<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWQFmxIt__ZkZZRENvPBIOIFqpVjdEjkJqYl6CgHl5z3DPdDT7MBchjfHQvkabYscrXMcjjN7SEM7rVxm0qVuIk5dYDBsQKWCCxH-Trc0bWLCzy7GnUoqM6PmYtntSnM6VOgDlGpo146s/s1600-h/tango+bue.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5130924026615426530" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWQFmxIt__ZkZZRENvPBIOIFqpVjdEjkJqYl6CgHl5z3DPdDT7MBchjfHQvkabYscrXMcjjN7SEM7rVxm0qVuIk5dYDBsQKWCCxH-Trc0bWLCzy7GnUoqM6PmYtntSnM6VOgDlGpo146s/s320/tango+bue.jpg" border="0" /></a><span style="color:#ff6600;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff6600;">Por Sandra Andrade - 01/11/07</span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="color:#ff6600;">Naiara Santana, da STC Salvador Trade, e Sueli Misi, da Amaralina Turismo, participaram de um famtour para Argentina a convite da Conquest Operadora durante o período de 27/09 a 01/10/2007. Em entrevista para o CICLO, elas fizeram uma leitura do país para compartilhar a experiência com vocês.<br /><br />Buenos Aires é uma cidade latina com cultura, ar e clima europeu. "Eles inspiram um nacionalismo diferente do nosso, cultuado em casa esquina, em cada rua o seu jeito de viver", disse Naiara. A arquitetura é bem parecida com a européia renascentista, principalmente no centro da cidade: A Plaza Del Mayo, A Catedral Metropolitana, onde está o Mausoléu do General San Martin que comandou as tropas nas lutas de independência do país e A Casa Rosada, sede do Governo Federal.<br /><br />No centro se concentram as compras, onde fica a Av. Florida, Galerias Pacifico e a maioria dos hotéis. No norte da capital temos o Bairro de La Boca que lembra uma cidade cenográfica, as casas eram construídas de cascos de navios italianos e possuem cores fortes e alegres. Hoje se encontra lojas de souvenirs e dançarinos de tangos pelas ruas.<br /><br />Na área Sul, os bairros de Recoleta e Palermo são os mais novos e arborizados da cidade. Como os táxis são muito baratos, eles se tornaram as melhores opções de hospedagem, com muitas praças, bares, pubs e cafés. Um bom vinho no final de tarde em Recoleta é impagável. O que dizer do Señor Tango? - Uma casa de show com ótima estrutura, comida boa e farta e vinho de ótima qualidade (uma garrafa por mesa). O show é excelente e transporta o visitante para a história do país, as lutas pela independência e principalmente, a descoberta da dança - vulgar e restrita aos cabarés no princípio, posteriormente, absorvida como símbolo da cultura. "Sensual, apaixonante e hipnotizante, assim é o tango", afirmou Naiara. Oferecer esse opcional é essencial pelo show e também, porque se o cliente quiser adquirir no local precisa estar ciente que as casas de tango são distantes do centro, cerca de 25minutos, e ficam localizadas em bairros perigosos. Dessa forma, sair de táxi para esse programa é arriscado.<br /><br />O Tour ao Delta Tigre não é muito divulgado, mas vale muita a pena e o preço é bom. O passeio de balsa pelas margens do rio passa pela Província de Tigre, peculiar por abrigar casas e parques em pequenas ilhas, tornando a paisagem bucólica.<br /><br />É importante ressaltar e pedir aos clientes que cheguem no aeroporto três horas antes do embarque, pois os check-ins ficam lotados e há uma taxa de U$ 18,00 que deverá ser paga no retorno. Com relação ao câmbio, atualmente é mais vantagem levar dólar, pois a nossa moeda está valorizada o que permite uma boa compra aqui e uma boa venda lá. </span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#ff6600;">Sueli, que sofreu uma torção no tornozelo no segundo dia de viagem na descida do ônibus, ficou “de molho” o resto dos dias. "Achei interessante o fato de ter ficado em dois hotéis e conhecer os serviços de um 3 e um 4 estrelas. Acredito que o fato de viajar com uma operadora é uma oportunidade de fortalecer as parcerias”, relatou Sueli. </span></div>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-39627652736096990242007-11-09T11:17:00.000-08:002007-11-09T11:22:46.971-08:00VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO GERA BRIGA SILENCIOSA<div align="justify"><span style="color:#33cc00;">Por Sandra Andrade - 29/10/07</span></div><div align="justify"><span style="color:#33cc00;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#33cc00;">A Superintendência de Engenharia de Tráfego - SET, através do projeto Cidadão no Trânsito, tem buscado ensinar as crianças e adolescentes nas salas de aulas sobre seus direitos e deveres e assim conscientizar essa nova geração de condutores e portanto, evitar a violência. O Cidadão no Trânsito propõe “tratar de temáticas que enfocam o desenvolvimento das potencialidades do indivíduo, tais como, àquelas relacionadas com a capacidade cognitiva, física, afetiva, relação pessoal, ética etc.”<br /><br />O aumento de acidentes com motocicletas chamam a atenção da população e pede cautela aos seus usuários na capital baiana. Por falta de segurança nas vias urbanas, motoristas e motociclistas travam uma verdadeira guerra silenciosa no trânsito. De um lado os donos de carros com medo de assaltos e prejuízos aos seus veículos e do outro, moto-boys que precisam ser rápidos para garantir o emprego e demonstrar eficiência. De uma forma geral, nota-se medo e desconfiança, que gera o desrespeito e a distribuição da violência.<br /><br />As famosas “fechadas” são utilizadas pelos motoristas principalmente para evitar os assaltos à mão armada, quebras de vidro, roubos de bolsas, celulares que se tornaram comuns na cidade. Agnaldo Roriz, 34 anos, já foi assaltado três vezes por motociclistas. Na última vez, teve dez mil reais roubados numa perseguição depois de sacar o valor numa agência bancária. “Quando se aproxima uma moto com dois homens, eu travo o carro mesmo, e fico observando, mas não dou fechada”.<br /><br />Com desenvolvimento do comércio e a necessidade de satisfazer os clientes que prezam por rapidez e comodidade, as ruas se enchem de moto-boys que fazem os serviços de tele-entrega. Presença constante no trânsito de Salvador, fica difícil portanto diferenciar possíveis assaltantes, de trabalhadores e a classe dos motociclistas são tachados pelos motoristas como imprudentes, encrenqueiros e vistos com desconfiança.<br /><br />Hilton de Souza, 23 anos, motociclista, sofreu dois acidentes em Salvador. Num deles, foi fechado por um caminhoneiro na Av. Barros Reis, que ocasionou numa colisão com um táxi e um outro caminhão. O motorista que provocou o acidente fugiu e ele ficou com o prejuízo de R$ 800,00. “Percebo que muitas vezes os motoristas ficam até chateados por ficar preso em engarrafamentos e ao ver alguns passando pelos corredores, tentam fechar as passagens como forma de protesto. Como em todas as classes, existe motociclista imprudente sim, não há dúvidas. Mas não é por isso que se pode lançar o carro por cima de todos que passam por eles”.<br /><br />Segundo Agnaldo, não se pode generalizar, mas acredita que 70% dos motociclistas são imprudentes. “Eles vêm `costurando nas pistas ´, arranham os carros e arrancam retrovisores”.<br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#33cc00;">Para Hilton, a necessidade de educação no trânsito vai além: “falta manutenção das pistas, como exemplo a Av. Pinto de Aguiar que está cheia de buracos e principalmente agentes de trânsito eu conheçam o código e te digam aonde você errou para receber multa”, afirma ele.</span> </div>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-48995086816587526072007-11-09T11:15:00.000-08:002007-11-09T11:17:42.455-08:00textos de turismo?? como assim???<span style="font-family:trebuchet ms;color:#ffcccc;"><strong>Postarei agora alguns textos que produzi para O Ciclo, um jornal de publicação interna, da empresa a qual faço parte e sou editora do mesmo. São textos mais ligados à área de turismo, pra quem não sabe sou agente de viagens... pelo menos por enquanto.. apreciem, se quiserem!</strong></span>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-34926639487330491822007-11-09T10:56:00.000-08:002008-12-17T12:55:04.996-08:00O PADRE É POP - 08-10/06<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrhKscnB5mw3o-1sgkC3WXHdZ4mAAQDVq5Hm_9IJsZqCIQ1n-yYFk-aqwaL8K357A1tD4kmRutclhSVe-JOyWAKKnSVkgU3PSAACB09toYdQFyeBXg_dNmWSAMSLIMu9sMh_jmSf5E9RE/s1600-h/ciclo+2.jpg"></a><br /></div><div align="justify"><span style="color:#6666cc;">Por Sandra Andrade<br /></span></div><div align="justify"><span style="color:#6666cc;">Há cinco anos a comunidade de Nazaré das farinhas têm tido motivos de sobra para comemorar. Desde que o Padre Cristóvão assumiu a paróquia de Nossa Senhora da Purificação de Nazaré a igreja tem conquistado muitas vitórias e o respeito da população local.</span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#6666cc;">Com uma dinâmica diferente, o Padre Cristóvão de Figueirêdo, de 42 anos, ordenado há mais de quinze, conquistou a cidade de Nazaré. Desde ações religiosas, o cuidado com as igrejas e a reforma da casa paroquial para o recebimento de visitantes, a problemas de âmbito social e ambiental, o padre tem mostrado que a igreja pode, e deve ajudar o povo. Há quatro anos Padre Cristóvão criou a Fundação São Roque, com o objetivo de cuidar de crianças com deficiências especiais. </span></div><div align="justify"><span style="color:#6666cc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#6666cc;">Hoje lutando pela sua sede própria, a fundação funciona numa casa alugada e atende cerca de 40 crianças de famílias muito pobres. As famílias entregam seus filhos não somente pela base educacional que a fundação lhes dá, mas também para diminuir as despesas em casa, diz o padre, que luta para integrá-las a seus lares. Estas crianças são acompanhadas por um médico psiquiatra e possuem aulas de alfabetização e atividades lúdicas, para os casos mais graves.</span></div><div align="justify"><span style="color:#6666cc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#6666cc;">A Igreja Católica de Nazaré também apóia a Obra Assistencial Jana Piseiro, que desenvolve ações de sustentabilidade de famílias pobres com a distribuição de cestas básicas e, fundos para a construção de casas. Segundo Graziela dos Santos, articuladora da Casa Paroquial, a igreja ganhou respaldo com as ações do padre. Para Edílson, ministro da eucaristia, o padre tem sido muito importante nesta nova fase da igreja católica, e ajuda também a Obra Assistencial Sol Nascente que cuida da educação de crianças na infância. Estas obras não possuem apoio de nenhuma instituição e recebem doações de sócios, como são chamados, que são pessoas da comunidade de Nazaré.</span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#6666cc;">Questionado sobre o seu objetivo na comunidade, Padre Cristóvão diz que busca “resgatar neste povo que já enfrentou tantas dificuldades a esperança de acreditar em si mesmo e conquistar seus objetivos. Ensinar que embora sejam diferentes, essas diferenças podem uni-los cada vez mais com a consciência do ser pessoa. E que essas pessoas são muito usadas e tentamos ajudá-los a desenvolver o pensamento crítico e libertá-las dessa situação de pobreza em que vivem”.</span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#6666cc;">Os fiéis hoje lutam por uma outra causa: Padre Cristóvão está na eminência de ser transferido para outra comunidade. A população tem feito pedidos para a permanência do mesmo, mas será necessário aguardar uma resposta do bispo da Diocese. Segundo o padre infelizmente isso pode acontecer, pois existem outras comunidades necessitando de ajuda e, há a possibilidade de que ele não esteja mais na cidade no início próximo ano. Para a tristeza dos católicos nazarenos. </span></div>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-21210137184303696142007-11-09T10:35:00.000-08:002008-12-17T12:58:38.364-08:00O ARTISTA QUE SAIU DO BARRO - 06/11/06<p align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvCra3Ojcpn9xf7lt5eBmp-Zaa9LYWiUYXiYNd8bZN1t0U55eDMp-HR8Jw4wAontNsr57G6jbN0tyDn-BiKqaF-pHcAfBRCyuPpywlzEUdNKA0P3nrjrJI7QESvYj6E0SecG3nGnMNyic/s1600-h/image002.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5130915032953908658" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvCra3Ojcpn9xf7lt5eBmp-Zaa9LYWiUYXiYNd8bZN1t0U55eDMp-HR8Jw4wAontNsr57G6jbN0tyDn-BiKqaF-pHcAfBRCyuPpywlzEUdNKA0P3nrjrJI7QESvYj6E0SecG3nGnMNyic/s320/image002.jpg" border="0" /></a></p><br /><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;">Numa manhã de terça-feira, no vai vem das pessoas que lotam a Feira de São Joaquim diariamente, especificadamente na rua do artesanato, encontramos por entre as diversas peças de cerâmica da loja número quatro, um senhor sentado num banquinho de pele morena, olhos azuis, cheios de vida e com muita história para contar. </span></div><div align="justify"><br /><span style="color:#ff9900;">Foi desta forma que Vitorino Bertoldo Moreira, ou simplesmente o Mestre Vitorino nos recebeu. Muito simpático e já acostumado com os jornalistas, ele nos dispensou sua atenção. Avisando que é preciso escrever as perguntas, pois ele não escuta mais direito. Com 86 anos, casado, pai de seis filhos, o artesão nasceu em Maragojipinho, 2º distrito de Aratuípe – Ba, cidade conhecida pela produção de artesanato em cerâmica, e se destacou pelo seu talento. Recentemente, recebeu a Missão Honrosa da Onu, pela sua arte com a cerâmica, no Festival de Artesanato dos Países da América Latina e Caribe.</span></div><span style="color:#ff9900;"><div align="justify"><br /></div></span><div align="justify"><span style="color:#ff9900;">No ano de 1935, o garoto de 15 anos, saiu da cidade de Maragojipinho para conhecer a famosa Feira do Sete, em Água de Meninos. Chegando lá e habituado a trabalhar na Feira com a venda de artesanato, Vitorino teve a oportunidade de ingressar na Marinha Mercante. Mas viu seu sonho desmoronar, pois os pais não o permitiram pois ele já estava ajudando nas despesas da casa. O mestre então começa a criar peças de barro diferentes das demais. </span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;">“Eu não queria trabalhar com barro, eu queria estudar. Mas só tinha escola em Nazaré das Farinhas e a gente tinha que ir de canoa era uma hora e meia para ir e voltar todos os dias. Era muita dificuldade. Então, eu tive que trabalhar com o barro mesmo. Mas criando coisas novas. Nunca gostei de fazer o que todo mundo fazia”.</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#ff9900;">Com esse intuito, o artista levou seis meses para criar sua primeira peça, o boi-bilha. A peça é uma junção da figura do boi nordestino, com a bilha (de origem portuguesa muito utilizada para guardar cachaça). Foi pela criação desta peça que ele o prêmio da Onu. “Eu fiquei muito satisfeito de ver meu trabalho reconhecido”.</span></div><span style="color:#ff9900;"><div align="justify"><br /></div></span><div align="justify"><span style="color:#ff9900;">Pioneiro também, com a criação de outras peças já conhecidas, como a baiana-moringa e a cerâmica decorada de Tabatinga, bem como murais, onde as peças podem formar vários desenhos, o Mestre Vitorino fala com muito capricho e orgulho de suas obras. “Se o cliente vier aqui na minha loja e não gostar do meu trabalho é só mandar o arquiteto desenhar, que eu faço igual. É o meu desafio”.</span></div><span style="color:#ff9900;"><div align="justify"><br /></div></span><div align="justify"><span style="color:#ff9900;">Foi com esse pensamento que ele já fez trabalhos para hotéis como: Salvador Praia Hotel e o Catarina Paraguaçu. Têm suas obras espalhadas pelos quatro cantos do Brasil, e viajou também aqui e no exterior, divulgando seu trabalho, sendo assim referência no que faz. O Mestre também foi vereador e presidente da Câmara dos Vereadores de Maragojipinho durante 10 anos, e diz ter saído por não possuir vocação com a política. Mas está sempre presente na cidade, pois é o local onde escolheu para criar as suas obras. </span></div><span style="color:#ff9900;"><div align="justify"><br /></div></span><div align="justify"><span style="color:#ff9900;">O artesão pretende parar um breve, pois o próprio corpo hoje já não permite que ele faça peças muito grandes, mas já deixou a olaria que possui sobre os cuidados do seu filho Guilherme. Por fim, nos deixa um recado que o guiou durante sua vida: “Ninguém aprende sonhando ou na ilusão. É estudando, trabalhando e pelejando” diz assim a experiência do grande artista.</span></div>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-29710839780425386162007-11-09T10:08:00.000-08:002008-12-12T14:23:27.882-08:00UMA NOVA REALIDADE SOB OS TRILHOS - 25/05/07<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguVrUDqGj-VcdAKsZ8pG0hvnt9Ch4HM99aP3_qNNvusLpO7N6iRUFUQd8uMLOF-NcZf8Rbxcthyphenhypheny0czq_Wjq-I9spxCwYIO8EIiPaKZ-ksDN8Bt9ukTydPL2H_ymsZ1W5RQPZTQwVCS9s/s1600-h/trem+reformado.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5130908650632506738" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguVrUDqGj-VcdAKsZ8pG0hvnt9Ch4HM99aP3_qNNvusLpO7N6iRUFUQd8uMLOF-NcZf8Rbxcthyphenhypheny0czq_Wjq-I9spxCwYIO8EIiPaKZ-ksDN8Bt9ukTydPL2H_ymsZ1W5RQPZTQwVCS9s/s320/trem+reformado.jpg" border="0" /></a> <div align="justify"><div><span style="color:#ffcc00;">Por Sandra Andrade<br /><br />A decadência que assola as estruturas ferroviárias do Subúrbio de Salvador hoje, tem previsão para desaparecer. A oportunidade vem junto com as obras do metrô da cidade, que promete integrar o centro ao litoral oeste.<br /><br />Algumas medidas de recuperação dos trechos e veículos, e melhorias no sistema de drenagem e das estações já foram feitas. Bem como, reformas no sistema elétrico, e criação de passarelas prioritárias. Ainda é muito pouco para uma região que possui 13,5 km de extensão e atende cerca de 15.000 passageiros por dia.<br /><br />A proposta do governo para longo prazo é de elevar a quantidade de passageiros, reduzir a receita operacional, e inserir os trens urbanos novamente no sistema de transporte da cidade com a retomada da integração trem/ônibus, que já é conhecida pelos moradores mais antigos e funcionou até o ano de 1987, quando as ferrovias começaram a decair.<br /><br />Nessa época, Salvador possuía estações que atendiam desde Paripe até o Bairro do Campo Grande, mas com o desenvolvimento urbano acelerado, a criação de novas avenidas e o aumento das empresas de ônibus , a ferrovia foi desativada na segunda metade da década de 90.<br /><br />O retorno desta ligação entre o subúrbio e o centro da cidade, é necessidade dos usuários, que muitas vezes não tem condições de pagar a tarifa de R$ 2,00 cobrada pelos ônibus coletivos, em comparação aos R$ 0,50 gastos numa viagem de trem.</span></div><br /><div><span style="color:#ffcc00;">Segundo, Silvio Ribeiro, historiador e cidadão engajado em projetos no subúrbio, é importante comemorar o centenário das ferrovias, que constitui o meio de transporte mais econômico e seguro para a população. O projeto da Prefeitura ainda não vai até o centro, mas já prevê a extensão da linha até o Comércio e tem uma previsão de conclusão daqui a cinco anos. </span></div></div>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2516811455201342285.post-42721724194032751752007-11-09T07:13:00.000-08:002008-12-12T14:23:28.135-08:00SUCESSO COM CHEIRO DE DENDÊ - 16/11/06<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbi2FU5e1pruHBKFxOa5MkTG862rgdu6SvTy5i_Dha-_fF6ZpvFnVWBNf1HIliVAC9OSvWy0UsLthpCh4BfScznI-0pR79E2upZo-T1moP0znhzDvM9esKZLNZ1qFC15OE8GeAKgAhUMU/s1600-h/cira.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5130861929978260802" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbi2FU5e1pruHBKFxOa5MkTG862rgdu6SvTy5i_Dha-_fF6ZpvFnVWBNf1HIliVAC9OSvWy0UsLthpCh4BfScznI-0pR79E2upZo-T1moP0znhzDvM9esKZLNZ1qFC15OE8GeAKgAhUMU/s320/cira.gif" border="0" /></a><br /><div><span style="color:#ff0000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#ff0000;">No Largo de Itapuã, na subida da Ladeira do Abaeté, um cheiro de dendê e camarão chama a atenção e aguça o paladar de quem passa por ali. Sentada na sua barraca, com três baianas trabalhando está Cira, com um torso rosa na cabeça, roupa de baiana azul, atendendo pessoalmente, verificando se o acarajé já está no ponto e sempre simpática com os clientes, que lotam e fazem fila para degustar suas iguarias. </span></div><span style="color:#ff0000;"><div align="justify"><br />Foi neste ambiente que conversamos com a baiana. De origem humilde, filha de lavadeira que morreu aos 17 anos, deixando ela com quatro irmãos para criar. Cira, que sempre morou em Itapuã começou a vender o acarajé nas panelas pequenas, pouca quantidade, e com o passar do tempo viu o seu negócio deslanchar. Inicialmente trabalhando sozinha e com muita dificuldade, hoje com 53 anos conta com 30 funcionários trabalhando de carteira assinada e dois pontos de venda em Salvador: no Largo de Itapuã, onde fica, e no Rio Vermelho, que está aos cuidados de uma de suas filhas. </div><div align="justify"><br />A baiana acredita que a escolha dos ingredientes e tendo em mão sempre produtos de qualidade ajudaram a convencer os paladares mais exigentes. Mas não é só isso: o capricho, a dedicação e o amor que utiliza na preparação dos pratos ajudam e justificam a massa crocante e fofa dos seus acarajés e o sabor do seu vatapá, regado a camarão. Quem já experimentou, sabe a diferença, como diz a própria baiana. Eleita mais um ano, pela Revista Veja com o título de Melhor Acarajé da Cidade, ela fala com orgulho de sete prêmios já acumulados pela revista. </div><div align="justify"><br />Uma das chaves para o seu sucesso é estar sempre presente. A baiana acorda todos os dias bem cedo, com a lista de atividades já definida: primeiro ela coloca o feijão de molho depois lava bem até retirar toda a casca, em seguida mói o feijão na máquina. Depois volta para a máquina para bater a massa com os temperos. Faz questão de mexer seu vatapá e distribuir as massas para os pontos de venda.<br />Hoje não é possível contar quantos acarajés são vendidos, que é o seu carro chefe, mas no tabuleiro da baiana também se encontra abará, cocada, bolinho de estudante, cocadas puxa-puxas, doces de leite, de tamarindo, pé de moleque, passarinha e peixe frito. </div><div align="justify"><br />Cira se define como: “Mulher guerreira, trabalhadora, criei os irmãos sem pai e nem mãe”. Têm quatro filhos, e cinco netos e recentemente adotou um bebê de um ano e sete meses com necessidades especiais. Ter vencido na vida foi uma de suas maiores vitórias. “Eu comecei com nada. Trabalhei muito para chegar onde eu estou. Suei muito, peguei muito peso na cabeça, saco de feijão, lata de azeite. Então eu venci graças a deus, tenho amor ao que faço e estou feliz, realizada”.</span></div>Sandra Andradehttp://www.blogger.com/profile/15877412776072263997noreply@blogger.com0